Aquele Filme

Hoje eu vi aquele filme

Aquele que você me indicou há dez milanos atrás

 

Durante a época em que eu era o caos

Respondia à todos, “isso não é nada, rapaz”

Hoje, à deriva, os olhos miram a paz

 

Aquele filme contava a mais cínica história de amor

Incontáveis flores

Muitas dores

 

Nele as pessoas se apaixonam, se escrevem, se doam

Não só ao vivo e à cores

Se conhecem

E constroem profundos totens de valores

 

Nele as pessoas se destroem, distraem e correm…

Atrás de si, atrás de “ti”, de sentidos, conforto e afins

Se atraindo ao mesmo ponto…

Sem fim.

 

Elas se perdem, mudam, somem e se enriquecem…

De outras dores, flores e amores

 

Em tempo, se reencontram

E, por fim, se desconhecem

As ideias permanecem

Enquanto seus totens seguem o mar, a vela e o vento…

Ao relento.

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